Centro Logístico Capixaba impulsionará intermodalidade
Projeto da Nutripetro deve fomentar negócios para cabotagem nacional.
Projeto da Nutripetro deve fomentar negócios para cabotagem nacional.
A Nutripetro anunciou que o CLC (Centro Logístico Capixaba) também fomentará o uso do transporte de cabotagem no Brasil. Durante a XIV Conferência Nacional de Logística - evento realizado pela Aslog em São Paulo, no último dia 20 -, o diretor geral da Nutripetro, José Roberto Barbosa da Silva, apresentou o projeto da instalação, que ocupará área total de um milhão de metros quadrados em Barra do Riacho, na orla de Aracruz (ES).
"A cabotagem hoje no Brasil é fundamental. Temos que brigar para implementá-la efetivamente. É a solução que vem sendo discutida para reduzir os custos de transporte no País, mas até o momento não tem uma proposta concreta para implementação", afirmou o executivo.
Segundo Silva, o novo complexo servirá para dividir as movimentações com os portos vizinhos, possibilitando mais alternativas de escoamento da produção nacional e evitando congestionamentos. "Temos hoje nos porto de Vitória e Vila Velha um recebimento de grande quantidade de carga de projeto que estão migrando para Minas Gerais, trazendo transtorno dentro da área urbana do Espírito Santo. O que queremos é trazer estes volumes também por ferrovias, para levar carga de projeto para as regiões interioranas do Espírito Santo e Minas Gerais", informa Silva.
O novo porto promoverá a convergência de modais para a distribuição de cargas internacionais para o Brasil e exterior, contando com porto alfandegado de 250.000 metros quadrados. "No nosso complexo, tentaremos migrar toda a parte de nossa interlândia compreendida entre o Sul da Bahia e Norte de São Paulo através do transporte de cabotagem pelo nosso porto, integrando Itajaí e Suape. Já discutimos com as diretorias dos portos de Suape e Itajaí, para que se faça a integração entre esses três pontos: Norte, Sul e Sudeste", pontua.
Início das operações
O centro terá infraestrutura de estocagem para atender as empresas exportadoras e importadoras, e deve começar a operar como porto seco até o final do ano. "A ideia é ter três pontes com 20 metros cada e um quebra mar com 1,2 mil metros para operações de suporte à exploração de petróleo e movimentação de equipamentos", explicou o executivo.
O investimento é de R$ 600 milhões em píeres de atracação e terminais para grãos, granéis sólidos e líquidos, carga geral, produtos siderúrgicos, embarque e desembarque de automóveis, rochas ornamentais e para atender às bases de exploração de petróleo. Serão construídos tanques especiais para armazenamento de produtos químicos, petroquímicos e alimentícios para gases e líquidos. O Porto da Nutripetro terá três berços para cargas e um espaço para cinco barcaças (supply boat).
O diretor acrescentou que no final de 2011, a área deve ser ampliada para 500 mil metros quadrados. Assim, o porto poderá receber embarcações dos tipos graneleiros e Panamax. "Estamos efetivamente garantidos com operações de carga geral, rocha ornamental, equipamentos siderúrgicos e carga de projeto, além de veículos e artigos offshore. O objetivo é operar com toda essa gama de cargas a partir de 2014".
Em relação à movimentação de veículos, serão 8.404 no primeiro ano de funcionamento do Centro, 54.103 no quinto ano e 75.393 no décimo ano. Além de outros equipamentos, o Centro Logístico terá balanças rodoviárias, pátios de contêineres e de estocagem, tanques especiais para armazenamento de produtos químicos, petroquímicos e alimentícios, armazéns climatizados e um setor de reparo para contêineres. As instalações serão projetadas para o recebimento de cargas especiais e para cada tipo de material.
A instalação também contará com condomínio residencial com 360 apartamentos, hotel com 240 apartamentos, shopping, cinema e a unidade de envazamento e fabricação de botijões de gás de cozinha (GLP) da Nutrigás, outra empresa do grupo.
Fonte: Guia Marítimo