quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Maersk na América do Sul e África

Por Guia Marítimo

 
A Maersk Line pretende aumentar a capacidade nos serviços que englobam a América do Sul e África, integrando rotas diretas para a Ásia. Segundo o armador, a aceleração do crescimento econômico nos mercados emergentes permitiu o realinhamento da rede de negócios da companhia.
Em relação ao primeiro semestre de 2009, a Maersk registrou um aumento de 12% no tráfego das rotas africanas e 18% no comércio sul-americano, de janeiro a junho de 2010, enquanto o volume da rota Ásia-Europa subiu apenas 5%.
Muitos dos navios que a Maersk encomendou são projetados para atender à crescente demanda por produtos manufaturados nestas regiões emergentes. A tonelagem agendada será entregue nos próximos dois anos e é adequada para os mercados da América do Sul e África.
Como a maioria das transportadoras, a Maersk serviu os países em desenvolvimento por meio de navios feeder, que transportam os contêineres trazidos de embarcações maiores para os principais portos globais de transbordo, como Algeciras (Espanha) e Salalah (Omã). Porém, o rápido crescimento destes mercados pode reduzir a importância de hub ports nos quais os serviços entre Ásia e Europa transportam vários contêineres, sendo que as rotas diretas não utilizariam estes hubs.
Como o trânsito nestas rotas tendem a ultrapassar o crescimento nas principais economias, a Maersk está mais focada em serviços diretos

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Movimentação de contêineres cresce 23%



Fonte: Guia Marítimo
A Santos Brasil Participações S.A. movimentou 321.985 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em seus três terminais portuários de contêineres - Tecon Santos, Tecon Imbituba e Tecon Vila do Conde - durante o segundo trimestre deste ano. O total operado representa uma alta de 23,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Do volume total operado (214.657 unidades), 78% foram de contêineres cheios - categoria que cresceu 25,6% em relação ao mesmo período de 2009, devido ao forte fluxo de cargas importadas. No acumulado semestral, foram movimentados 388.264 contêineres ou 582.396 Teus nos três terminais da Santos Brasil (Tecon Santos, Tecon Imbituba e Tecon Vila do Conde), resultado 18,6% maior que o apresentado no primeiro semestre de 2009.

A alta de cargas importadas teve impacto ainda no volume armazenado nos terminais portuários da Santos Brasil, com um total de 39.218 contêineres no segundo trimestre, crescimento de 71,3% ante o mesmo período do ano passado. A taxa de retenção de contêineres de importação, desembarcados para armazenagem no Tecon Santos passou de 45% no segundo trimestre de 2009 para 50% no segundo trimestre do ano corrente.

Outra operação da Santos Brasil com crescimento expressivo no segundo trimestre foi do TEV (Terminal de Veículos), que movimentou 37.739 unidades (entre veículos leves e pesados), representando aumento de 84,2%. No acumulado do primeiro semestre o aumento foi de 85,7% em relação ao primeiro semestre do exercício anterior, com um total de 76.352 veículos.

A maior movimentação de contêineres refletiu nos resultados financeiros da Santos Brasil Participações, sendo que a companhia fechou o período com lucro líquido de R$ 17,9 milhões, crescimento de 39,8% em comparação ao mesmo período de 2009.

O Ebitda (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou aumento de 58,4% no segundo trimestre, com R$ 69,7 milhões e margem de 36,4%. O Ebitda do acumulado semestral atingiu R$ 125,4 milhões, com crescimento de 26,8% em relação ao primeiro semestre do ano passado. A receita líquida seguiu a tendência positiva do período e aumentou 25,8% no segundo trimestre, atingindo R$ 191,3 milhões. O aumento no semestre foi de 14,2%, com R$ 361,2 milhões.

Com a recuperação dos volumes operados, a Santos Brasil aumentou sua previsão de movimentação para o ano de 2010 - de 1.230.000 Teus previstos anteriormente para 1.350.000 Teus. O Ebitda também foi revisto e a expectativa é que chegue a R$ 290 milhões com margem de 38% - a previsão anterior era de R$ 255 milhões e margem de 34%.

Brasil vai atacar protecionismo dos EUA na OMC

O questionamento fará parte da primeira sabatina que o governo Obama enfrentará na organização sobre sua política comercial.

O governo brasileiro vai questionar amanhã na Organização Mundial do Comércio (OMC) o impacto sobre o comércio dos programas de apoio adotados pelo presidente americano Barack Obama no auge da crise. O Brasil quer saber se os programas de ajuda provocaram distorções protecionistas contra produtos estrangeiros. O questionamento fará parte da primeira sabatina que o governo Obama enfrentará na OMC sobre sua política comercial.

A cada dois anos, as principais economias são obrigadas a passar por uma avaliação do comportamento internacional e por uma avaliação sobre se estão ou não cumprindo as regras da OMC. A ocasião será usada por vários países emergentes para atacar as distorções criadas pelos americanos em vários setores comerciais.

Um dos programas questionados pelo Brasil será o que Obama criou dando preferências a empresas americanas em processos de licitação pública, iniciativa conhecida como "Buy American". Para especialistas, o programa discrimina de forma ilegal produtos estrangeiros, fechando o mercado de compras governamentais a empresas locais.

Com a pior crise econômica em 70 anos, o governo americano distribuiu pacotes de resgate a áreas-chave da economia, garantiu incentivos a produtores locais e ainda criou preferência a empresas americanas para concorrer contra produtos estrangeiros. Dois anos após a eclosão da crise, a constatação é de que propostas protecionistas continuam a surgir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .