domingo, 13 de março de 2011

A força do capitalismo brasileiro no cenário global

a última década, as empresas brasileiras vêm experimentando um processo crescente de internacionalização, que foi criado com a necessidade de proteger os seus mercados cativos da concorrência estrangeira, e que agora busca também a necessidade de criação de produtividade e competitividade.
Atualmente, deixamos de ser um país em desenvolvimento e fomos classificados em uma nova categoria: emergentes globais.
Somo um dos grandes expoentes da atualidade econômica, citados por uma renomada consultoria como uns dos quatro países que podem vir a se tornar grandes potências econômicas, ao lado de China, Rússia e Índia.
Mesmo com o impacto da apreciação do câmbio, com a agressividade da China na promoção de seus produtos industriais e com os gargalos da infraestrutura portuária e aeroportuária, já somos uma potência global. Os números não nos deixam mentir.
A estabilidade econômica iniciada no meio dos anos 90 contribuiu e ajudou as empresas brasileiras a tomarem o mundo. Hoje, muitas companhias, em diversos setores, são líderes e despontam entre as mais bem sucedidas no ranking mundial.
Se no passado poucas empresas como Alpargatas, Gerdau e Sadia desbravavam o mundo sozinhas, atualmente somam-se a esta lista centenas de outras empresas, como JBS-Friboi, Brasken, Coteminas, Embraco, Natura, WEG, Metalfrio, Stefanini IT Solutions. Além, é claro, de grandes multinacionais como Ambev, Vale, Embraer, Votrantim e Petrobrás.
A Vale, por exemplo, intensificou o seu processo de internacionalização a partir de 1997, ano da sua privatização. A maior empresa de minério do Brasil desembolsou $13 bilhões para a compra da canadense Inco e se tornou a segunda maior mineradora do ranking global.
A WEG, empresa de Jaraguá do Sul/C, fundada em 1961, possui o maior parque industrial de motores elétricos da América Latina, e tem negócios com mais de cem países, entre eles Argentina, México, China, Portugal, China, Índia, Cingapura, França e Estados Unidos.
A Ambev, por sua vez, comprou a cervejaria americana Anheuser-Busch, por $52 bilhões em 2008, criando a maior cervejaria do mundo. E recentemente, os sócios brasileiros da AB InBev compraram do Burger King, segunda maior rede americana de fast food, por $4 bilhões. Números como estes comprovam que o Brasil já é um concorrente de peso no cenário global.
E o papel do governamental foi crucial.  Nas últimas duas décadas, o governo fez o papel de principal garoto propaganda dos produtos e empresas brasileiras. E a política de multilateralidade também ajudou.  Itamaraty e APEX facilitaram o processo de internacionalização das empresas, negociando a redução de barreiras alfandegárias e no estabelecimento de acordos comerciais.
Com este apoio foi possível consolidar mercados importantes, como EUA, China e Argentina, e abrir novos mercados, sobretudo na África e no restante da América Latina. E como resultado, as empresas transnacionais brasileiras já obtém mais da metade de suas receitas provenientes das vendas externas.
Segundo pesquisa da Fundação Dom Cabral (2010), os resultados das 23 maiores empresas brasileiras com negócios no exterior já somam $126,4 bilhões em faturamento, e 200 mil funcionários. Isso dividido entre América Latina (53%), Europa (17%), Ásia (15%), América do Norte (9%), África (5%) e Oceania (1%).
Quando analisado pela ótica do percentual de ativos que a companhia possui no exterior, os números também impressionam. Gerdau, Ibope, Vale, Tigre e Metalfrio atingem o percentual médio de 47%.
A experiência de sucessivas crises nas décadas de 80 e começo de 90 fizeram dos empresários brasileiros grandes experts em desbravamento de novos mercados. Aprendemos que a internacionalização não seria apenas um mecanismo de busca de novos mercados, e sim um instrumento de defesa de território dos mercados domésticos.

Por Carlos Alberto Araujo

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Centro Logístico Capixaba impulsionará intermodalidade

Centro Logístico Capixaba impulsionará intermodalidade
Projeto da Nutripetro deve fomentar negócios para cabotagem nacional.

A Nutripetro anunciou que o CLC (Centro Logístico Capixaba) também fomentará o uso do transporte de cabotagem no Brasil. Durante a XIV Conferência Nacional de Logística - evento realizado pela Aslog em São Paulo, no último dia 20 -, o diretor geral da Nutripetro, José Roberto Barbosa da Silva, apresentou o projeto da instalação, que ocupará área total de um milhão de metros quadrados em Barra do Riacho, na orla de Aracruz (ES).

"A cabotagem hoje no Brasil é fundamental. Temos que brigar para implementá-la efetivamente. É a solução que vem sendo discutida para reduzir os custos de transporte no País, mas até o momento não tem uma proposta concreta para implementação", afirmou o executivo.

Segundo Silva, o novo complexo servirá para dividir as movimentações com os portos vizinhos, possibilitando mais alternativas de escoamento da produção nacional e evitando congestionamentos. "Temos hoje nos porto de Vitória e Vila Velha um recebimento de grande quantidade de carga de projeto que estão migrando para Minas Gerais, trazendo transtorno dentro da área urbana do Espírito Santo. O que queremos é trazer estes volumes também por ferrovias, para levar carga de projeto para as regiões interioranas do Espírito Santo e Minas Gerais", informa Silva.

O novo porto promoverá a convergência de modais para a distribuição de cargas internacionais para o Brasil e exterior, contando com porto alfandegado de 250.000 metros quadrados. "No nosso complexo, tentaremos migrar toda a parte de nossa interlândia compreendida entre o Sul da Bahia e Norte de São Paulo através do transporte de cabotagem pelo nosso porto, integrando Itajaí e Suape. Já discutimos com as diretorias dos portos de Suape e Itajaí, para que se faça a integração entre esses três pontos: Norte, Sul e Sudeste", pontua.


Início das operações

O centro terá infraestrutura de estocagem para atender as empresas exportadoras e importadoras, e deve começar a operar como porto seco até o final do ano. "A ideia é ter três pontes com 20 metros cada e um quebra mar com 1,2 mil metros para operações de suporte à exploração de petróleo e movimentação de equipamentos", explicou o executivo.

O investimento é de R$ 600 milhões em píeres de atracação e terminais para grãos, granéis sólidos e líquidos, carga geral, produtos siderúrgicos, embarque e desembarque de automóveis, rochas ornamentais e para atender às bases de exploração de petróleo. Serão construídos tanques especiais para armazenamento de produtos químicos, petroquímicos e alimentícios para gases e líquidos. O Porto da Nutripetro terá três berços para cargas e um espaço para cinco barcaças (supply boat).

O diretor acrescentou que no final de 2011, a área deve ser ampliada para 500 mil metros quadrados. Assim, o porto poderá receber embarcações dos tipos graneleiros e Panamax. "Estamos efetivamente garantidos com operações de carga geral, rocha ornamental, equipamentos siderúrgicos e carga de projeto, além de veículos e artigos offshore. O objetivo é operar com toda essa gama de cargas a partir de 2014".

Em relação à movimentação de veículos, serão 8.404 no primeiro ano de funcionamento do Centro, 54.103 no quinto ano e 75.393 no décimo ano. Além de outros equipamentos, o Centro Logístico terá balanças rodoviárias, pátios de contêineres e de estocagem, tanques especiais para armazenamento de produtos químicos, petroquímicos e alimentícios, armazéns climatizados e um setor de reparo para contêineres. As instalações serão projetadas para o recebimento de cargas especiais e para cada tipo de material.

A instalação também contará com condomínio residencial com 360 apartamentos, hotel com 240 apartamentos, shopping, cinema e a unidade de envazamento e fabricação de botijões de gás de cozinha (GLP) da Nutrigás, outra empresa do grupo.

Fonte: Guia Marítimo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

As duas faces da valorização da moeda brasileira

A consolidação da estabilidade econômica no Brasil das últimas décadas e a recente enxurrada de dólares no mercado brasileiro trouxe à tona uma velha discussão: os reais efeitos de um dólar barato para o desenvolvimento da economia.
De acordo com uma pesquisa da FGV, de janeiro a setembro de 2010 o dólar acumula uma queda de 2,93%, vencendo para baixo a barreira do R$ 1,70. E o consumidor já pode sentir os efeitos no bolso.
No mesmo período, vários produtos tiveram reduções maiores que a desvalorização do dólar. Televisores (-8,23%), celulares (-5,19%) e os aparelhos de som (-3,97%) são alguns dos que tiveram queda nos preços, já que estão na lista dos mais importados.
Não apenas os produtos de consumo duráveis foram beneficiados.  Pesquisas indicam que a desvalorização da moeda norte-americana contribui para o controle da inflação, inclusive pressionando os preços dos alimentos importados, como trigo, milho, entre outras commodities alimentícias.
Além de reduzir o preço, a queda do dólar beneficiaria a modernização do parque industrial do país, permitindo produzir mais com menor custo e maior tecnologia. Mas para isso, seria preciso fazer uma desoneração das importações de equipamentos.  Hoje, os tributos incidentes sobre bens de capital no Brasil inviabiliza os investimentos.
Mas também há o outro lado da moeda. Pesquisas também indicam que a indústria brasileira está perdendo espaço para as importações, que já respondem por 20% de tudo que é consumido no Brasil.
Entre 2002 e 2008, o ritmo de crescimento das importações era de 1,1% ao ano segundo uma renomada consultoria brasileira.  De 2009 pra cá, o crescimento saltou para 4,3% ao ano.
Toda a cadeia produtiva está sendo afetada pela importação.  Desde insumos até produtos acabado, como carros importados. Se de um lado há o controle da inflação, do outro as empresas nacionais alegam que estão sendo prejudicadas. E o remédio que querem é a proteção ao governo, como o aumento das barreiras à importação (mais ainda).
Também se sabe que a queda da moeda norte-americana tem um efeito nefasto para os exportadores. Cada centavo perdido reduz a força financeira, dificultando a manutenção da competitividade no exterior. Porém, nem tudo pode ser creditado a desvalorização do real.
O custo da produção brasileira é muito alto, e boa parte dos problemas são conhecidos por todos há décadas: péssima infraestrutura logística e portuária, alta carga tributária, custos trabalhistas, inchaço da máquina pública , altíssimas barreiras não tarifárias, entre vários que poderíamos citar aqui.
Além disso, as exportações brasileiras representam apenas 15% do PIB. E alguns mitos precisam ser derrubados nessa discussão.
O primeiro mito é de que o governo pode controlar a taxa do dólar Criar mecanismos de administração da moeda já aconteceu no passado em uma época em que a inflação ultrapassada os três dígitos.
Hoje, este tipo de situação seria impensável em uma economia de mercado como a do Brasil. Inclusive, criticamos a China pelo controle da sua moeda, e não poderíamos fazer a mesma coisa só porque uma parcela da classe empresarial não consegue ser mais produtiva.
O segundo e importante mito a ser derrubado é que as importações só beneficiam a geração de emprego em outros países, como na China. Uma bobeira constantemente dita por pessoas que conhecem (ou deveriam conhecer) a complexidade de uma economia gigantesca como a do Brasil.
A título de informação, apenas em 2010 o Brasil acumulou um superávit comercial de US$ 4,4 bilhões com a China até agosto. E nos últimos 12 meses foram criados 2,27 milhões de empregos com carteira assinada no país, prova de que as importações não podem ser responsabilizadas pelo aumento dos empregos.
Ao invés de manter a discussão entre perdedores e ganhadores, o governo brasileiro precisaria fazer o seu dever de casa: controlar os gastos públicos e fazer as reformas estruturais, permitindo o aumento no nível de investimento e a queda nas taxas de juros.

Por Carlos Alberto

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Maersk na América do Sul e África

Por Guia Marítimo

 
A Maersk Line pretende aumentar a capacidade nos serviços que englobam a América do Sul e África, integrando rotas diretas para a Ásia. Segundo o armador, a aceleração do crescimento econômico nos mercados emergentes permitiu o realinhamento da rede de negócios da companhia.
Em relação ao primeiro semestre de 2009, a Maersk registrou um aumento de 12% no tráfego das rotas africanas e 18% no comércio sul-americano, de janeiro a junho de 2010, enquanto o volume da rota Ásia-Europa subiu apenas 5%.
Muitos dos navios que a Maersk encomendou são projetados para atender à crescente demanda por produtos manufaturados nestas regiões emergentes. A tonelagem agendada será entregue nos próximos dois anos e é adequada para os mercados da América do Sul e África.
Como a maioria das transportadoras, a Maersk serviu os países em desenvolvimento por meio de navios feeder, que transportam os contêineres trazidos de embarcações maiores para os principais portos globais de transbordo, como Algeciras (Espanha) e Salalah (Omã). Porém, o rápido crescimento destes mercados pode reduzir a importância de hub ports nos quais os serviços entre Ásia e Europa transportam vários contêineres, sendo que as rotas diretas não utilizariam estes hubs.
Como o trânsito nestas rotas tendem a ultrapassar o crescimento nas principais economias, a Maersk está mais focada em serviços diretos

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Movimentação de contêineres cresce 23%



Fonte: Guia Marítimo
A Santos Brasil Participações S.A. movimentou 321.985 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em seus três terminais portuários de contêineres - Tecon Santos, Tecon Imbituba e Tecon Vila do Conde - durante o segundo trimestre deste ano. O total operado representa uma alta de 23,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Do volume total operado (214.657 unidades), 78% foram de contêineres cheios - categoria que cresceu 25,6% em relação ao mesmo período de 2009, devido ao forte fluxo de cargas importadas. No acumulado semestral, foram movimentados 388.264 contêineres ou 582.396 Teus nos três terminais da Santos Brasil (Tecon Santos, Tecon Imbituba e Tecon Vila do Conde), resultado 18,6% maior que o apresentado no primeiro semestre de 2009.

A alta de cargas importadas teve impacto ainda no volume armazenado nos terminais portuários da Santos Brasil, com um total de 39.218 contêineres no segundo trimestre, crescimento de 71,3% ante o mesmo período do ano passado. A taxa de retenção de contêineres de importação, desembarcados para armazenagem no Tecon Santos passou de 45% no segundo trimestre de 2009 para 50% no segundo trimestre do ano corrente.

Outra operação da Santos Brasil com crescimento expressivo no segundo trimestre foi do TEV (Terminal de Veículos), que movimentou 37.739 unidades (entre veículos leves e pesados), representando aumento de 84,2%. No acumulado do primeiro semestre o aumento foi de 85,7% em relação ao primeiro semestre do exercício anterior, com um total de 76.352 veículos.

A maior movimentação de contêineres refletiu nos resultados financeiros da Santos Brasil Participações, sendo que a companhia fechou o período com lucro líquido de R$ 17,9 milhões, crescimento de 39,8% em comparação ao mesmo período de 2009.

O Ebitda (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou aumento de 58,4% no segundo trimestre, com R$ 69,7 milhões e margem de 36,4%. O Ebitda do acumulado semestral atingiu R$ 125,4 milhões, com crescimento de 26,8% em relação ao primeiro semestre do ano passado. A receita líquida seguiu a tendência positiva do período e aumentou 25,8% no segundo trimestre, atingindo R$ 191,3 milhões. O aumento no semestre foi de 14,2%, com R$ 361,2 milhões.

Com a recuperação dos volumes operados, a Santos Brasil aumentou sua previsão de movimentação para o ano de 2010 - de 1.230.000 Teus previstos anteriormente para 1.350.000 Teus. O Ebitda também foi revisto e a expectativa é que chegue a R$ 290 milhões com margem de 38% - a previsão anterior era de R$ 255 milhões e margem de 34%.

Brasil vai atacar protecionismo dos EUA na OMC

O questionamento fará parte da primeira sabatina que o governo Obama enfrentará na organização sobre sua política comercial.

O governo brasileiro vai questionar amanhã na Organização Mundial do Comércio (OMC) o impacto sobre o comércio dos programas de apoio adotados pelo presidente americano Barack Obama no auge da crise. O Brasil quer saber se os programas de ajuda provocaram distorções protecionistas contra produtos estrangeiros. O questionamento fará parte da primeira sabatina que o governo Obama enfrentará na OMC sobre sua política comercial.

A cada dois anos, as principais economias são obrigadas a passar por uma avaliação do comportamento internacional e por uma avaliação sobre se estão ou não cumprindo as regras da OMC. A ocasião será usada por vários países emergentes para atacar as distorções criadas pelos americanos em vários setores comerciais.

Um dos programas questionados pelo Brasil será o que Obama criou dando preferências a empresas americanas em processos de licitação pública, iniciativa conhecida como "Buy American". Para especialistas, o programa discrimina de forma ilegal produtos estrangeiros, fechando o mercado de compras governamentais a empresas locais.

Com a pior crise econômica em 70 anos, o governo americano distribuiu pacotes de resgate a áreas-chave da economia, garantiu incentivos a produtores locais e ainda criou preferência a empresas americanas para concorrer contra produtos estrangeiros. Dois anos após a eclosão da crise, a constatação é de que propostas protecionistas continuam a surgir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo . 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Inflação e setor bancário são desafios para crescimento da China, diz PBOC

Por Danielle Chaves, Agência Estado
 
Em relatório de estabilidade financeira, BC disse que o crescimento do crédito doméstico ainda está relativamente forte e o problema da ampla liquidez está novamente se tornando notável

Apesar do aumento na confiança econômica, a China ainda enfrenta muitos desafios para manter uma taxa de crescimento rápida e estável, incluindo riscos de inflação e possíveis problemas no setor financeiro, afirmou o Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país), em seu relatório anual de estabilidade financeira.

O PBOC afirmou que alguns problemas no setor financeiro são "difíceis de ignorar". Em especial, existe a necessidade de melhorar o gerenciamento de riscos por veículos de financiamento do governo, que são entidades criadas por governos locais para tomar empréstimos do sistema bancário. A China deve começar o processo de securitização dos empréstimos dos veículos de financiamento de governos locais, disse o banco central.

A instituição comentou também que as condições monetárias frouxas na China podem criar riscos de inflação, bolhas no preço de ativos ou empréstimos ruins no sistema bancário. O crescimento do crédito doméstico ainda está relativamente forte e o problema da ampla liquidez está novamente se tornando notável, à medida que as condições econômicas externas melhoram, de acordo com o banco.

O amplo relatório também falou sobre os riscos para a recuperação econômica global. O escopo para mais estímulo por parte das grandes economias é limitado em razão de preocupações com a sustentabilidade financeira e com bolhas de ativos, disse o PBOC.

O banco central afirmou que grandes oscilações no valor do dólar podem afetar a recuperação econômica global. A rápida valorização do dólar pode pressionar os preços dos metais básicos, afetando economias dependentes de matérias-primas, enquanto uma rápida desvalorização do dólar pode levar a pressões inflacionárias globais, bolhas de ativos e instabilidade financeira, disse a instituição.

O PBOC observou que em todo o mundo a criação de liquidez está causando fortes fluxos positivos de capital de curto prazo em muitas "economias emergentes asiáticas". "Em muitas regiões isso está gerando aumentos de preço de ativos excessivamente rápidos, valorização excessiva na taxa de câmbio e acumulação de reservas estrangeiras", disse o banco.

O PBOC afirmou que a China vai manter sua atual posição de política monetária moderadamente frouxa e uma política fiscal ativa. O banco central disse ainda que vai aumentar a escala do uso do yuan em acordos comerciais internacionais e gradualmente aumentar os canais para que instituições estrangeiras obtenham e usem a moeda chinesa. O PBOC também vai agir para permitir que o yuan seja trocado diante de várias moedas menores no mercado de câmbio interbancário. 

Caros alunos de Finanças Internacionais, mediate o exposto acima, podemos considerar uma possível bolha chinesa ? Comentem e não esqueçam de mencionar o nr da matrícula.